Antes de escrever muito, vou primeiro definir segundo a minha visão:
"Saudade" é quando se sente falta de algo que já teve, normalmente algo bom. Agora "falta" é quando algo que deveria estar ali não está, e você percebe mesmo que nunca tenha tido ou sentido antes.
Parece difícil separar essas duas palavras, pois de certo mudo são a mesma coisa, mas atualmente eu sinto saudade de coisas que ja tive, e sinto falta de coisas que não sei ao certo se um dia existiram, por isso a separação.
Estou a alguns dias de completar um ano de namoro. Meu primeiro namoro, que apesar de não ter data certa de começo, (entre fins de Agosto e começo de Setembro), ficou definido como 1º de Setembro, data do primeiro encontro de verdade.
Nesses doze meses vivi extremos de alegria, tristeza, raiva, paixão.
Trago comigo muitas coisas boas: sensações desconhecidas, o toque de outras pessoa, outro homem, afeto, carinho, prazer. Mas também feridas, algumas cicatrizadas, outras ainda doendo, brigas, noites de choro no travesseiro... e uma alergia. "Alergia emocional" como eu defino, hehehe.
Aquela coisa que vem e volta, e incomoda, mas você não sabe a causa, e te deixa mal por um tempo.
Minha emoções oscilam mais que luz em barraco 'gateado' de favela.
Voltando à falta e a saudade, sinto saudades dos tempos do começo de namora, quando ele me conquistava todo dia, quando existia muito mais carinho, quando sempre dizia que eu estava bonito, elogiava meus olhos (convencido eu? magina!).
Hoje isso é tão raro... Tudo vai na brincadeira, brincadeira essa que por vezes me irrita, eu quero ouvir elogio de verdade porrA! Não quero sarcasmos para desvendar, quero ouvir o que me agrada.
Parece que agora ele leva as coisas como garantido, como se não fosse mais preciso elogiar, fazer carinho só o mínimo possível ( Só na hora que quer sexo...), ligar de vez em quando, ou nem ligar. Mas acho que o maior problema ainda é a falta da palavra desculpe, muito pouco dita por ele, pra não dizer quase nunca
Eu tentei a tática do "faça o que eu faço" comecei a dar o mesmo tratamento, sem muitos elogios, sem muitos carinhos, poucas ligações. E já fui acusado de chato.
Eu não quero terminar nada, eu amo muito ele ainda, apesar de não receber o mesmo carinho que dou no momento. Na hora de conversar a sério ser taxado de chato por querer falar do que eu sinto, ficar postergando conversas, trocando por conversas vazias sobre assuntos inúteis.
É certo que eu tenho um grande problema de comunicação, é difícil realmente dizer o que eu penso e sinto sem soar rude, mas ao mesmo tempo que eu tenho que ser paciente e compreensivo, o mínimo que espero é o mesmo tratamento na via oposta.
Quem ama é paciente e bondoso.
Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas.
Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência.
Eu amo! Mas amar demais sem correspondência começa a desgastar o sentimento.
E antes de tudo devo amar a mim mesmo também.
Apenas diga "desculpe".
Para ouvir:
James Morrison & Nelly Furtado - Broken Strings